19.11.07

Egito sempre

Sob o título Turquesa e ouro: um momento Egípcio, Suzy Menkes chama nossa atenção, em matéria para o International Herald Tribune, para a influência do Egito em diversas criações internacionais.
A criação do figurino por Zandra Rhodes para ópera Aida promovida pelo English National Opera colocou a cultura dos faraós sob os holofotes, como acontece periodicamente na Europa desde a Campanha de Napoleão no país em 1798 e que repetiu em momentos como quando os hieróglifos foram decifrados ou a criação do canal de Suez e com a descoberta do túmulo de Tutankhamun.
Fato é que a cultura egípcia é dotada de diversos elementos que despertam nossa curiosidade e nos deixam encantados quando descobrimos mais profundamente a história deste povo tão antigo.

A arte Egípcia

Arte Parietal

A arte parietal Egípcia é constituída pelos relevos e pinturas que adornam as paredes dos templos, palácios e principalmente túmulos. Tais obras tinham o intuito de manter vivo, garantir a perpetuação do objeto representado.
A crença no poder da imagem traz consigo todo um sistema de convenções plásticas que assume um caráter sagrado. É a lei da frontalidade, segundo a qual, para ter o máximo de poder a imagem deveria reproduzir a imagem na sua totalidade e parcialmente, como nossa visão apreende. Daí, a representação do cânone humano: a cabeça de perfil, com o olho de frente sobre um tronco visto de frente e duas pernas de perfil.
A regularidade geométrica e a observação da natureza são características da arte egípcia e o uso da cor amplia a simbologia das imagens.



Estatuária

Constituída geralmente de figuras de frente, sentadas ou em pé, estas com uma perna ligeiramente à frente da outra, imóveis, rosto calmo e inexpressivo e olhar longínquo. O escultor egípcio raramente emprega pedras macias, prefere materiais mais resitentes como granito, o basalto e o pórfiro.
Além das estátuas dos faraós, seus familiares, altos dignitários e deuses, em pedras nobres, encontramos na arte egípcia conjuntos de figuras em madeira ou argila pintada representando servos, soldados, animais, enfim, os “duplos” de todos e tudo que deveriam acompanhar o faraó




Outras

Muitos objetos de adorno e de uso foram preservados devido ao solo seco e possibilitaram o nosso conhecimento. Eles caracterizam-se pela riqueza. Os adornos, de caráter mágico ou distintivo da hierarquia social eram belíssimas peças em ouro e prata com pedras duras engastadas ou aplicação de pasta vítrea. Havia a reprodução na decoração dos objetos das formas vegetais, animais e humanas.





Indumentária

No vale do Nilo a vestimenta era leve e sumária. As pessoas de classe mais baixa e os escravos dos palácios andavam quase, ou completamente nus. O uso das roupas era uma distinção de classe.
Durante o Antigo Império (antes de 1500 a.C.) o traje característico era o chanti – pedaço de tecido usado como tanga e preso por um cinto. Para os reis e dignitários era pregueado, engomado e, às vezes, bordado.
Sob o Novo Império ( 1500 a.C. – 332 a.C. ) os faraós usavam também uma túnica longa e franjada – calasires. Ela era transparente e permitia que se visse o chanti por baixo. Confeccionada por um pedaço de tecido retangular, quando usada pelas mulheres produzia um efeito ajustado sob os seios e presa no ombro por alças. Uma capa curta às vezes cobria os ombros ou o pescoço era circundado por uma gola larga, adornada com jóias, deixando os seios à mostra.
Os egípcios faziam pouco uso da lã (fibras animais eram consideradas impuras), geralmente suas roupas eram de fibras vegetais, como o linho.
Os homens raspavam a cabeça e usavam um adorno feito com um quadrado de tecido listrado que circundava as têmporas e formava pregas nas orelhas. Nas cerimônias usavam perucas (feitas por cabelo natural ou fibra de linho ou palmeira). As mulheres mais jovens tinham suas cabeças também raspadas e as mais maduras os cabelos frisados ou ondulados.
Após a conquista grega, as vestimentas egípcias foram se modificando, apesar da preservação dos costumes antigos pelo menos nas cerimônias religiosas.


Imagens retiradas do site do The Metropolitam Museum of Art.

5 comentários:

Carolina Wudich disse...

leio e estudo egiptologia faz algum tempo, e ele com certeza é inspiração sempre.

adoro teu blog!
sucesso!

Carolina Wudich disse...

adorei tb a dica do filme da musa do warhol. colocarei no Oficina.
ótimaaa dica.

bjos.

Vitor dus Infernus disse...

não faz a egípcia

Vitor dus Infernus disse...

ou faz

Anônimo disse...

Olá, entrei por acaso no teu blog e gostaria de perguntar se você poderia me explicar o significado de um quadro que ganhei, a imagem no quadro e de dois rostos de perfil frente a frente, nitidamente iguais.
Obrigada, aguardo respostas por e-mail
(elicarvhand@gmail.com)
Desde já obrigada