8.10.08

O incrível mundo Balenciaga


“ Um costureiro tem que ser um arquiteto para o corte, um escultor para a forma, um pintor para as cores, um músico para a harmonia e um filósofo para o estilo.”


Considerado um “arquiteto da moda” o espanhol Cristóbal Balenciaga deu nome à marca que hoje se afirma como uma das mais contemporâneas e requisitada por fashionistas em todo o mundo. Esta denominação se deve ao fato de suas criações se assemelharem à obras, tamanha a perfeição e apuro na sua construção.
Seu ingresso no mundo da moda se deveu à sua mãe, uma modista, a quem ele ajudava. Teve boa formação escolar e conseguiu abrir ateliês em San Sebastian, Madrid e Barcelona, que foram abandonadas devido à guerra civil espanhola.
Em 1937, Balenciaga abre sua casa de alta costura em Paris, com sucesso imediato. Considerado um dos costureiros mais caros da época, ele possuía clientela ilustre e não sofreu muitas perdas no tempo de guerra, inclusive reabrindo suas lojas na Espanha.
Aperfeiçoando sua técnica, ele trabalhava com cortes diferentes, tecidos estruturados, conseguindo refinada simplicidade em seus trajes. A sofisticação de suas peças lhe conferiu o título de “mestre” proferido por nomes como Christian Dior e Hurbert de Givenchy. Foram seus aprendizes também André Courrèges e Emanuel Ungaro.
Em 1968 Balenciaga fechou seu ateliê, desiludido pelos rumos que a moda tomava com a produção em massa. Cristóbal Balenciaga faleceu em 1972.




Atualmente, o nome que faz brilhar a lendária casa é de um francês, Nicolas Guesquière. Jovem, com 26 anos ele assumiu o posto que de estilista-chefe da maison em 1997 e não demorou para encantar a comunidade da moda e alçar a Balenciaga ao posto de prestígio que já havia ocupado.
Um dos mais aclamados talentos contemporâneos, os elogios soam desnecessários ao trabalho de Guesquière. Apenas olhando suas últimas coleções e suas fabulosas propostas para a moda é que entendemos como esta mente criativa mescla atualidade e preceitos buscados na história da marca.



O trabalho de Nicolas pode-se dizer personifica muito o que é a própria moda, um teatro de artifícios, onde buscamos o novo e decretamos também a sua morte. Assim, a cada estação vemos surgir na passarela da Balenciaga as imagens de moda que serão veiculadas até sua saturação, peças que serão cobiçadas e copiadas até encerrarem o ciclo da moda, sendo suprimidas por novas vontades, surgidas justamente dali...
Suas sucessivas coleções são impregnadas de novas propostas nas quais ele busca explorar territórios diferentes, contrários e até mesmo inéditos.
Passeando por diversos territórios ele nos contempla a cada nova coleção com uma mulher contemporânea, decidida. Suas peças, fortes imagens de moda, refletem um desejo inconsciente de todas nós e talvez por isso, caímos de amores por suas roupas!





Sua última coleção, trazia o conceito da reflexão e absorção da luz. Guesquière usou diferentes tecidos , sempre brincando com a construção deles. Jersey cobrindo ombros e braços, numa nova silhueta cocoon. Tons pálidos mixados com brilho intenso. Uma poderosa aposta nas texturas.
Novidade, uma espécie de segunda pele de lurex cobria braços e as pernas da modelo, ressaltando uma peça super especial, uma espécie de bota/meia, que se estende, em lurex, da sola às pernas, um luxo! Além disso, também discretas carteiras acompanhavam os looks.







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